Dream Tour 2025

Silvana e Cauã elevam o nível 2q2f2f

Silvana Lima e Cauã Costa fazem maiores somatórios no segundo dia da etapa de abertura do Dream Tour 2025, que rola nas ondas da Praia do Borete, Porto de Galinhas (PE). 42f1z

Dream Tour 2025, Praia do Borete, Porto de Galinhas, Ipojuca (PE)

O segundo dia do Dream Tour 2025 foi de emoção do início ao fim na Praia do Borete, em Porto de Galinhas (PE). A veterana Silvana Lima deu aula de surfe progressivo com a primeira nota excelente do evento no feminino. Já na repescagem masculina, Cauã Costa e José Francisco protagonizaram a melhor bateria da competição até aqui, com Cauã marcando 9.83 em um aéreo de backside com rotações completas que incendiou a praia — a maior nota registrada nas duas edições da etapa em Porto de Galinhas até o momento.

O cronograma do dia contorno com 17 baterias de 30 minutos , começando com a última disputa da Fase 1 Masculina, vencida por Wesley Leite (SP). Na sequência, foi uma vez da Fase 2 Feminino, com oito baterias triplas, e à tarde a Fase 2 Masculino, a repescagem com oito baterias homem a homem que estrearam o novo formato do circuito. O dia já começou com condições melhores que o previsto: o vento maral virou cedo para um terral fraco , deixando o mar mais liso, com ondas de até 1 metro — conforto, além dos aéreos, combos e manobras de borda. O céu aparece nublado, com chuva em certos momentos, e o vento mudou algumas vezes, mas predominou o terral.

O Dream Tour, realizado pela CBSurf e promovido pela Dream Factory, tem Corona Cero como patrocinadora master unido aos patrocínios da Gerdau e Prefeitura de Ipojuca.

Silvana Lima cobe a régua do Feminino

Na estreia do Feminino, Silvana Lima deixou claro que ainda dita o ritmo da categoria. A cearense, que foi 2x vice-campeã nas oito temporadas que competiu na elite do circuito mundial, entrou em cena contra Sol Carrion e a estreante Mayara Zampieri e mostrou que segue como referência técnica e física. Silvana surfou 13 ondas na bateria e cravou um alto aéreo reverso avaliado em 8.33, a primeira nota excelente entre as mulheres já na primeira bateria da categoria. Com um 6.00 em um combo de duas manobras, somou 14.33 pontos e disparou na liderança. Segundo ela, o surfe feminino precisa buscar inovação e radicalidade:

“Eu sempre vou puxar o ritmo das meninas, porque acho que é mais bonito ver as minas irem lá e quebrarem. Não só aquele feijão com arroz, sabe? Mas ter um gostinho, a cereja no final, que são as manobras radicais — tipo um aéreo, um layback. E acho que as minas todas têm que começar a treinar mesmo. É claro que é um risco maior, por isso a nota vem maior. Mesmo eu que sou mais velho voltei a treinar isso porque tem momentos no mar que é aéreo só. O surf da gente tem que ser completa”.

Campeça brasileira vira no fim

Juliana dos Santos teve uma estreia com emoção na Bateria 5 do Feminino, em um confronto equilibrado contra Analu Silva, uma das grandes promessas da nova geração, e a local Nicole Santos, convidada da etapa. O atual campeã brasileiro ou boa parte da bateria fora da primeira colocação, quase repetindo o roteiro do também campeão brasileiro Douglas Silva no dia anterior. Analu vinha liderando e parecia que ia aprontar pra cima da campeã, mas Juliana, com a garra que lhe é característica, virou nos minutos finais com duas boas ondas, somando 9,06 pontos , e garantiu vaga direta na Fase 3.

Após a vitória, Juliana comemorou o retorno ao tour com emoção. “É sempre uma emoção grande. No ano ado batalhei muito pra conseguir esse título, e graças a Deus consegui. Voltar aqui como atual campeã brasileira me deixa muito feliz. Quero soltar meu surf, me expressar dentro da água e, se Deus quiser, fazer um grande resultado. A bateria foi muito boa, as meninas surfam muito, e tive que ralar até o fim pra conseguir a classificação. Nada vem fácil, a gente tem que batalhar. Tô me esforçando ao máximo pra que todo o meu treino e minha força de vontade me impõem no março”.

Cauã Costa marca 9.83 pontos em espetáculo aéreo com José Francisco

A Bateria 3 da repescagem masculina entregou o grande momento do segundo dia, candidato a entrar na lista dos melhores da temporada. Cauã Costa (RJ) e José Francisco Fininho (SC) protagonizaram uma disputa marcada por ataques aéreos e manobras fortes do início ao fim, empolgando todos que estavam assistindo. Fininho começou forte, com notas 7.50 e 6.90 , colocando pressão e obrigando Cauã a subir o nível para buscar a virada.

Precisando de 8.63 para virar, Cauã respondeu com um backside full round altíssimo, finalizado com perfeição, que lhe garantiu um 9.83, a nota maior da etapa de Porto de Galinhas até agora, considerando inclusive a edição de 2024. Três dos cinco juízes chegaram a dar nota 10. Quando parecia resolvido, Fininho ainda cravou um 7.90, quase virando a bateria. Foi o retrato perfeito de uma disputa de altíssimo nível, onde um surfista estimula o outro para alcançar o seu melhor.

Cauã, que surfa com a base regular, mostrou que este vento tradicional na boca das esquerdas, geralmente associado aos goofies, favorecendo quem domina a técnica dos aéreos para a esquerda, independentemente da base.

“Quando eu voltei do ar, fiquei sem acreditar, sem fatos. A minha meta na competição é mostrar o que eu sei fazer, dar meu show pra quem curte assistir surf. Aqui no Nordeste o vento ajuda muito quem sabe mandar ar para a esquerda — quem conhece esse ventinho sabe usar”, conta Cauã.

Depois da vitória, Cauã ainda destacou a importância de dividir o mar com um adversário do nível de Fininho. “O Fininho corta também. Quando tem um adversário forte, você tem que dar o seu melhor. São duas lutas: contra o oponente e contra você mesmo. Competir com ele nesse nível mostra que não estou no caminho certo”.

Cauã e Silvana levam o Mormaii Somatório; Cauã também fatura a maior nota do dia

As ativações da Mormaii seguem premiando os destaques técnicos do evento em Porto de Galinhas. No segundo dia do Dream Tour 2025, a marca premiou os atletas com os maiores somatórios do dia nas categorias masculina e feminina com um par de tênis Mormaii para cada, além de entregar um relógio Mormaii ao autor da maior nota individual do evento , independente da categoria.

Com 14.33 pontos , Silvana Lima garantiu o somatório mais alto do feminino. Já Cauã Costa, além de levar o prêmio masculino com 16.40 pontos, também cravou a nota maior — um 9.83 — que é o recorde dos dois anos da etapa em Porto de Galinhas até o momento. .

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